Hospitais e clínicas figuram entre as instituições de saúde que mais consomem recursos naturais e emitem gases do efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global. Um hospital de grande porte pode consumir até 2,5 vezes mais energia que um edifício comercial similar. Diante das mudanças climáticas, surge a pergunta: como reduzir a pegada de carbono e adotar ações de sustentabilidade e ESG na gestão hospitalar?  

A implementação do conceito Environmental, Social and Governance (ESG) é uma estratégia inteligente para o longo prazo. Hospitais e clínicas, centros médicos e centros de diagnósticos que investem em ESG conseguem diminuir custos, melhorar seu bem-estar organizacional e fortalecer sua reputação entre os pacientes. 

Além disso, ao abraçar o desafio de se alinhar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, reforça seu compromisso com o meio ambiente e a sociedade no qual estão em atuação.  

Pegada de Carbono no Setor de Saúde  

A pegada de carbono é a medida dos gases do efeito estufa emitidos direta ou indiretamente por uma organização. No contexto hospitalar, as emissões vêm do consumo energético, geração de resíduos e transporte. No Brasil, o setor de saúde responde por cerca de 5% das emissões nacionais, segundo dados do SEEG.  

Em 2023, o país emitiu um acumulado geral de 2,3 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente, uma redução de 12% em relação a 2022. Ainda assim, o aquecimento global exige ações mais urgentes. A tomada de decisões estratégicas, como energia limpa e logística sustentável, pode transformar hospitais em modelos de conceito de sustentabilidade.  

Eficiência reduz pegada de carbono de hospitais

A transição para sistemas eficientes é um dos passos mais importantes. A substituição de lâmpadas por LEDs, por exemplo, reduz o consumo em até 80%. Sensores de presença e climatização inteligente também diminuem desperdícios.  

Equipamentos médicos com selo de eficiência energética e painéis solares são investimentos que trazem retorno financeiro e ambiental. Essas mudanças no dia a dia mostram que sustentabilidade é viável e necessária.  

Vale acrescentar que o setor de saúde brasileiro gera 250 mil toneladas de resíduos hospitalares por ano. Consequentemente, a incineração, muito comum no segmento, necessita de soluções para descarte de materiais perigosos, visando reduzir a liberação de gases tóxicos na atmosfera.

O uso racional da água também precisa ser pautado nas reuniões entre gestores e suas equipes. Um complexo hospitalar pode consumir 1 milhão de litros de água por mês. Sendo assim, investir em válvulas de descargas com temporizador, torneiras com sensores, sistemas de captação de chuva para reúso em jardins evitam desperdícios.  

Além disso, escolher fornecedores sustentáveis reforçam o compromisso com os recursos naturais. Essas ações, integradas, se alinham ao tripé da sustentabilidade, beneficiando o meio ambiente e a gestão financeira do hospital.

Sustentabilidade impulsionada com o Datasigh Web  

A transformação digital é uma aliada estratégica para hospitais e clínicas que buscam reduzir sua pegada de carbono. Para exemplificar, o software de gestão hospitalar Datasigh Web oferece soluções integradas que eliminam desperdícios, otimizam processos e promovem a mobilidade sustentável.  

Com acesso 100% online via nuvem, ele permite a gestão remota por meio de dispositivos conectados à internet. Entre suas aplicações está a digitalização de prontuários, receitas médicas com certificação eletrônica e laudos. Com isso, o software diminui a dependência de documentos físicos.

Soma-se a isso, a integração com o ClickSign, que permite assinaturas digitais, cortando custos com impressão e arquivamento. Vale acrescentar que com a incorporação do sistema para prescrições médicas, MEMED no Datasigh Web, médicos emitem receitas digitais pelo celular. Isso também reduz o uso de papel. 

Paralelamente, promove a mobilidade sustentável através do Portal do Paciente, que permite agendamentos online, acesso a exames e envio de documentos sem deslocamentos desnecessários.

Essas funcionalidades geram eficiência operacional tangíveis: além de reduzir a pegada de carbono, centraliza processos administrativos, diminui custos com insumos e otimiza o tempo das equipes médicas. O resultado é um fluxo de trabalho mais ágil que naturalmente incorpora práticas ambientais, sociais e de governança no cotidiano hospitalar.  

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ESG na saúde é muito além do ambiental

No cenário corporativo atual, a sigla internacional “ESG” (Environmental, Social, Governance) tornou-se amplamente difundida, especialmente entre executivos e investidores. No entanto, é importante destacar que a versão oficial em português é “ASG” (Ambiental, Social e Governança).

A adoção dos princípios ESG/ASG na saúde representa muito mais do que preocupação com a natureza – é uma transformação estrutural que abrange três dimensões fundamentais. Instituições de saúde que internalizam essa visão de futuro colhem desde vantagem competitiva até maior resiliência em oscilações no mercado. 

O pilar Ambiental vai além da redução da pegada de carbono, incorporando práticas de eficiência energética e gestão sustentável de recursos. No aspecto Social, destaca-se o compromisso com acesso equitativo à saúde e desenvolvimento de programas comunitários impactantes. Já a Governança exige transparência operacional, ética institucional e processos decisórios alinhados com os interesses de todos os stakeholders.  

Contudo, o caminho rumo à excelência sustentável exige profunda transformação cultural e operacional. Hospitais e clínicas que investem em soluções digitais modernas e integradas, em gestão inteligente de recursos e modelos de atendimento inovadores, já estão construindo bases nas quais qualidade e responsabilidade caminham juntos.